sexta-feira, 13 de junho de 2008

Empreendedorismo e Competitividade

Diferentemente das últimas décadas que antecederam o século XXI, quando as economias, principalmente dos países em desenvolvimento, buscavam prioritariamente atingir suas estabilidades nas contas públicas externas e internas e, principalmente, o controle da inflação, os países vêm atualmente dando ênfase à adoção de políticas econômicas que tornem suas economias mais competitivas. Países mais competitivos apresentam maiores taxas de empreendedorismo do que aqueles que possuem economias com ínumeros problemas para a realização de negócios. No último relatório do GCI - Global Competitiveness Index, desenvolvido pelo World Economic Forum (WEF), o destaque foi a Suíça, em primeiro lugar no ranking, fruto do equilíbrio entre os diversos pilares e variáveis, destacando-se nos investimentos significativos em inovação (3º lugar) e na sofisticação do ambiente empresarial (3º lugar), bem como a presença maciça dos países nórdicos nas primeiras posições (Finlândia – 2°, Suécia – 3º e Dinamarca – 4º . A posição do Brasil no relatório do GCI demonstra graves problemas em diversas áreas, apresentando queda de nove posições no ranking (de 57º para 66º) em relação ao relatório anterior. Destaca-se o péssimo posicionamento no pilar macroeconomia (114º lugar) e instituições (91º lugar), equilibradas nos pilares sofisticação empresarial (38º lugar) e inovação (38º lugar). Segundo o relatório, o Brasil continua com problemas que prejudicam a competitividade do país: alto spread bancário, gastos públicos crescentes e alta carga tributária; setor público ineficiente e incapaz de prover serviços públicos e infra-estrutura de qualidade; um sistema legal complexo, muito burocratizado e lento; e crédito escasso e caro. Fatalmente no próximo relatório do GCI o Brasil cairá mais posições, depois é claro se for aprovado o novo imposto, em substituição a CPMF.

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