sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Brasília: Arquitetura e a genialidade dos homens

Estive em Brasília participando do XXV Simpósio de Gestão da Inovação Tecnológica, cujo tema foi "Inovação, Cultura e Empreendedorismo", e aproveitei para visitar alguns pontos turísticos, pois nas minhas viagens anteriores não havia tido oportunidade. Novamente me impressionei pela arquitetura da cidade, fruto da parceria de dois gênios: Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Aliás, o desenho acima mostra que, em geral, é da simplicidade que se pode transformar em coisas geniais. A partir de dois traços, em forma de cruz, no branco do papel, iniciou-se o esboço de um projeto urbanístico que entrou para a história. O desenho de um avião, em seguida, foi o ponto de partida para a planta da cidade. Após a sua construção, a cabine do piloto dessa aeronave, passou a abrigar os poderes que comandam o país. Em 1987, ela se tornou a primeira cidade moderna do mundo a ser tombada pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade. Tanto o projeto urbanístico de Lúcio Costa quanto a moderna arquitetura dos edifícios desenhados por Oscar Niemeyer conferem a Brasília características que não encontram paralelo em qualquer outra cidade do mundo. De automóvel, é possível atravessar toda a sua extensão, a partir da entrada Sul até o final da Asa Norte, sem pegar um único sinal de trânsito sequer. De cada ponto desse trajeto totalmente arborizado, vê-se a linha do horizonte: a cidade é plana e os edifícios residenciais têm, no máximo, seis andares. Segundo consta no site, www.comciencia.br/reportagens/cidades/cid16.htm o ar de Brasília é puro, pois não há indústrias pesadas ao seu redor. Mas essa qualidade de vida, desfrutada por quem habita o Plano Piloto, tem um custo alto para a maioria da população, que mora nas periferias. Enquanto a cidade possui cerca de um automóvel para cada duas pessoas (maior índice do país), o seu transporte coletivo leva pouco mais do que um passageiro por quilômetro percorrido de linhas de ônibus, número que chega a ser quatro vezes menor do que o de cidades de mesmo porte. Esse baixo índice, que torna a tarifa de ônibus em Brasília uma das mais caras do país, se deve à grande distância entre as cidades-satélites, onde vive cerca de 90% da população do Distrito Federal, e o Plano Piloto, que concentra 77% dos postos de empregos do DF, segundo levantamento feito pelo Ministério do Trabalho, em 1999.

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